Leilão da Vila Leopoldina fica para 2026

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04/11/2025Referências
Leilão da Vila Leopoldina fica para 2026

A Prefeitura de São Paulo projetava que o leilão entre investidores seria realizado agora em outubro, mas o edital nem sequer foi publicado, e a nova expectativa é que o certame ocorra só no início do ano que vem.


A gestão do prefeito Ricardo Nunes disse ao Metro Quadrado que o edital deve sair até o fim de 2025.


O vencedor do leilão ganha potencial construtivo para desenvolver projetos imobiliários em uma área de 300 mil metros quadrados. Em troca, tem de investir em melhoramentos viários e realocar 827 famílias que moram em comunidades no entorno.


Mas embora envolva um dos bairros mais promissores de São Paulo para o mercado imobiliário, o PIU corre o risco de não ter nenhuma proposta.


O projeto nasceu após uma manifestação de interesse feita em 2016 pela Votorantim, que já tem empreendimentos na região, como o complexo corporativo que abriga uma das sedes do PicPay.


Mas a empresa – até o momento a única a falar publicamente sobre o desejo de investir na região – já não crava mais a sua participação no leilão.


O principal entrave para a Votorantim é o usucapião conquistado por parte das famílias da Favela da Linha, que ocupa parte da área do PIU, o que pode levar o vencedor a ter de bancar as desapropriações.


A secretária de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, disse em junho que a Votorantim já indicou que não terá interesse no PIU caso o usucapião não seja retirado, mas lembrou que a Prefeitura não tem ingerência sobre o tema, ligado a um processo no Ministério Público.


Ela disse também que o edital será lançado com ou sem o interesse da Votorantim.


Se a empresa participar do leilão, será por meio da Altre, o braço de desenvolvimento urbano do grupo e responsável pelo complexo corporativo que já existe.


A Altre disse ao Metro Quadrado que a sua participação no leilão “está sujeita à análise de cenário e termos do edital, ainda pendente de publicação.”


O objetivo do PIU é transformar a Vila Leopoldina em uma região de uso misto, com empreendimentos residenciais, comerciais, obras de infraestrutura e habitação de interesse social.


O projeto envolve terrenos industriais e subutilizados em uma das poucas grandes áreas ainda disponíveis dentro do eixo urbano consolidado da capital, e que vem se adensando nos últimos anos.

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